Proposta
de Atividade: O
estudo de MALP (Morfossintaxe Aplicada a Língua Portuguesa) tem como principal
objetivo desenvolver a capacidade de descrição e explicação de formasimultânea
tanto a estrutura quanto o funcionamento da língua. Para que isso aconteça,
tornam-se necessárias a descrição e a prática de uso dos processos
morfossintáticos, assim como o desenvolvimento da capacidade de reflexão
crítica sobre conceitos tradicionais e modernos, para assim propiciar melhoria
tanto na análise quanto na produção de textos escritos.
Plano
de Aula Elaborado por:
Ariane Fermino e
Silva – RA B 77530-0
Camila Santana Silva
– RA B 7503F-6
Carolina Lagarin
Alípio – RA B 7241J-3
Jéssika Primo - RA
B7521G-2
Polyanna Sato – RA B
7008B-2
Letras - 4º Semestre - Noturno
Matéria
– Mosfossintaxe
Tempo
de Aula: 2 horas e meia / Aula
Objetivo
Geral: Apresentar
aos alunos a relevância das reflexões sobre a linguagem, na perspectiva da Morfossintaxe
e importância do estudo e analise da língua para ensino e aprendizagem da língua
materna.
Material
Utilizado: Lousa
Bibliografias:
Divisão
da Matéria:
Funções
Sintáticas de uma oração simples – Metodologia Sautchuk
1º
30 minutos:
Sujeito
-
O sujeito estabelece uma relação de concordância com o verbo.
Exemplos:
João bebeu café / João e Marcos beberam café.
- Seguindo
dois passos simples encontramos o sujeito na oração, o mesmo pode ser
substituído por pronomes pessoais como “eu”, “tu”, “ele”, etc.
Passo
1 – Transforme a oração em uma interrogativa.
Ex:
João bebeu café?
Passo
2 – Identifique quais pronomes pessoais conseguimos colocar na resposta.
Ex:
Sim, ele bebeu.
O
pronome “ele” está no lugar de “João”, logo João é o sujeito da oração.
Objeto Direto
-
É um complemento obrigatório do verbo.
Exemplo:
João falou inglês.
O
verbo “falar” neste exemplo pressupõe que “alguém que fale” e “o que é falado”.
-
Seguindo dois passos simples encontramos o objeto direto na oração, o mesmo
pode ser substituído por pronomes oblíquos como “o” e “a” ou demonstrativo
“isso”.
Passo
1 – Transforme a oração em uma interrogativa.
Ex:
João falou inglês?
Passo
2 – Identifique quais pronomes que conseguimos colocar na resposta.
Ex:
Sim, ele falou isso.
O
pronome “ele” está no lugar de “João”, logo João é o sujeito da oração.
O
pronome “isso” está no lugar de “inglês”, logo inglês é o objeto direto da
oração.
Objeto Indireto
-
É um complemento obrigatório do verbo.
Exemplo:
João enviou flores à namorada.
O
verbo “enviar” neste exemplo pressupõe que “alguém envie”, “o que é enviado” e
“para quem é enviado”.
- Seguindo dois passos simples encontramos o
objeto indireto na oração, o mesmo pode ser substituído pelo pronome oblíquo
“lhe” e os pronomes pessoais “ele / ela”.
Passo
1 – Transforme a oração em uma interrogativa.
Ex:
João enviou flores à namorada?
Passo
2 – Identifique quais pronomes que conseguimos colocar na resposta.
Ex:
Sim, ele enviou-lhe isso.
O
pronome “ele” está no lugar de “João”, logo João é o sujeito da oração.
O
pronome “isso” está no lugar de “flores”, logo flores é o objeto direto da
oração.
O
pronome “lhe” está no lugar de “à namorada”, logo à namorada é o objeto
indireto.
2º 30 minutos:
Predicativo do Sujeito
-
Modifica (predica) o sujeito.
-
Aparece em frases em que o núcleo (verbo) é um verbo de ligação.
-
Usaremos os dois passos da metodologia:
Passo
1 – Transformar a frase em uma interrogativa.
Passo
2 – Encontrar nas respostas as funções sintáticas da oração.
Exemplo:
João é bonito.
Passo
1: João é bonito?
Passo
2: Sim, ele é bonito.
O
pronome “ele” está no lugar de “João”, logo João é o sujeito da oração e
“bonito” é o Adjetivo que modifica o sujeito, logo bonito é um predicativo do
sujeito nesta oração.
Predicativo do Objeto
-
Modifica (predica) o objeto.
-
Aparece em frases em que o núcleo (verbo) é um verbo de ligação.
-
Usaremos os dois passos da metodologia:
Passo
1 – Transformar a frase em uma interrogativa.
Passo
2 – Encontrar nas respostas as funções sintáticas da oração.
Exemplo:
A mãe encontrou a menina triste.
Passo
1: A mãe encontrou a menina triste?
Passo
2: Sim, ela a encontrou triste.
O
pronome “ela” está no lugar de “mãe”, logo mãe é o sujeito da oração, “a” esta
no lugar de “menina”, logo menina é o objeto direto da oração e “triste” é o
Adjetivo que modifica o objeto direto, logo triste é um predicativo do objeto
nesta oração.
Adjunto Adverbial
-
É um complemento não obrigatório do verbo na oração.
-
Usaremos os dois passos da metodologia:
Passo
1 – Transformar a frase em uma interrogativa.
Passo
2 – Encontrar nas respostas as funções sintáticas da oração.
Exemplo:
João falou inglês na Itália.
Passo
1: O João falou inglês na Itália?
Passo
2: Sim, ele falou isso.
O
verbo “falar” neste exemplo pressupõe que “alguém que fale” e “o que é falado”,
o pronome “ele” está no lugar de “João”, logo João é o sujeito da oração,
“isso” esta no lugar de “inglês“, logo inglês é o objeto direto da oração e o
termo “na Itália”, onde foi falado, não é obrigatório na oração, logo na Itália
é um adjunto adverbial.
Adjunto Adnominal
-
É um complemento não obrigatório na oração.
-
Acompanha o sujeito da oração.
-
Usaremos os dois passos da metodologia:
Passo
1 – Transformar a frase em uma interrogativa.
Passo
2 – Encontrar nas respostas as funções sintáticas da oração.
Exemplo:
A menina bonita veio hoje.
Passo
1: A menina bonita veio hoje?
Passo
2: Sim, ela veio.
O
verbo “vir” neste exemplo pressupõe que “alguém venha” e “o lugar do qual ela
vem”, o pronome “ela” está no lugar de “menina”, logo menina é o sujeito da
oração, o termo “hoje”, que indica quando veio, não é obrigatório na oração,
logo hoje é um adjunto adverbial e o termo “bonita” que acompanha o sujeito na
oração, não obrigatório, é o adjunto adnominal.
Complemento Nominal
-
É um complemento obrigatório na oração.
-
Em geral, acompanha o sujeito.
- Usaremos
os dois passos da metodologia:
Passo
1 – Transformar a frase em uma interrogativa.
Passo
2 – Encontrar nas respostas as funções sintáticas da oração.
Exemplo:
A cura da AIDS revolucionará a medicina.
Passo
1: A cura da AIDS revolucionará a medicina?
Passo
2: Sim, ela revolucionará isso.
O
verbo “revolucionar” neste exemplo pressupõe que “algo que revoluciona” e “o
que é revolucionado”, o pronome “ela” está no lugar de “a cura”, logo cura é o
sujeito da oração, “isso” esta no lugar de “a medicina“, logo a medicina é o
objeto direto da oração, o termo “da AIDS”, que indica do que se trata a “cura”
é obrigatório para sentido da oração, logo da AIDS é complemento nominal.
Divisão da Matéria: Tipos de Orações e a
Força Ilocucionária – Metodologia Perini
3º 30 minutos:
Tipos de Orações
·
Interrogativas –
Na escrita usa-se o ponto de interrogação, na fala tem-se a entonação
ascendente.
·
Imperativas –
Frases com verbos no imperativo. Ex. Faça / veja / feche / abra / etc.
·
Exclamativas –
Na escrita usa-se o ponto de exclamação, na fala tem-se a entonação de
surpresa, alegria, etc.
·
Declarativas –
Ausência de qualquer marca de pontuação. Pode ser uma declaração, afirmação,
enunciado.
·
Optativas –
Verbos no subjuntivo. Ex. Se eu fizesse / Quando eu fizer / etc.
Força Ilocucionária
A
força Ilocucionária é diferente dos tipos de orações, trata-se de um ato de
fala, sua intenção vai depender do contexto. Tipos de forças Ilocucionárias:
pedido / ordem / promessa / pergunta / entre outros.
Ex.
Você poderia me emprestar uma caneta?
Tipo
de Oração: Interrogativa
Força
Ilocucionária: Pedido
Papeis Temáticos e Funções Sintáticas – Metodologia
Perini
As
funções sintáticas já foram apresentadas, são elas: Sujeito, Objeto direto,
Objeto Indireto, Predicativo do Sujeito, Predicativo do Objeto, Adjunto adverbial,
Adjunto Adnominal e Complemento Nominal.
Os
papeis temáticos seriam as funções semânticas dos sintagmas nas sentenças.
Tipos de papeis temáticos:
Agente
-
É o que faz a ação.
-
Ligados a verbos com ação.
-
Tem de ser animado (com alma).
Ex.
O homem sorriu.
Passo1
– O homem sorriu?
Passo
2 – Sim, ele sorriu.
“O
homem” é o sujeito da oração (função sintática) e também o agente (papel
temático), pois ele faz a ação de sorrir.
Paciente
-
O que sofre a ação.
-
Ligados a verbos com ação em seu campo semântico.
Ex.
O homem secou o rio.
Passo1
– O homem secou o rio?
Passo
2 – Sim, ele secou-o.
“O
homem” é o sujeito da oração (função sintática) e também o agente (papel
temático), pois ele faz a ação de secar, “rio” é o objeto direto da oração
(função sintática) e também o paciente (papel temático), pois ele recebe a ação
de ser seco pelo homem.
Instrumento
-
Usado para se fazer uma ação.
Ex.
O macaco quebrou o coco com uma pedra.
Passo1
– O macaco quebrou o coco com uma pedra?
Passo
2 – Sim, ele quebrou-o.
“O
macaco” é o sujeito da oração (função sintática) e também o agente (papel
temático), pois ele faz a ação de quebrar, “o coco” é o objeto direto da oração
(função sintática) e também o paciente (papel temático), pois ele recebe a ação
de ser quebrado pelo macaco, “com uma pedra” é o adjunto adverbial (função
sintática) e também o instrumento (papel temático) utilizado para efetuar a
ação.
Fonte
-
Indica a origem (de onde vem).
Ex.
O homem saiu da cadeia.
Passo1
– O homem saiu da cadeia?
Passo
2 – Sim, ele saiu dela.
“O
homem” é o sujeito da oração (função sintática) e também o agente (papel
temático), pois ele faz a ação de sair, “cadeia” é o objeto indireto da oração
(função sintática) e também a fonte (papel temático), pois se refere ao lugar
de onde o agente vem.
Meta
-
Indica o objetivo, alvo, destino, meta (para onde vou).
Ex.
O homem viajou para Fortaleza.
Passo1
– O homem viajou para Fortaleza?
Passo
2 – Sim, ele viajou para lá.
“O
homem” é o sujeito da oração (função sintática) e também o agente (papel
temático), pois ele faz a ação de viajar, “para Fortaleza” é o objeto indireto
da oração (função sintática) e também a meta (papel temático), pois se refere
ao lugar para onde o agente vai.
Importante:
Em uma oração, cada sintagma assume um papel temático diferente, a não ser que
estas estejam coordenadas (em frases diferentes).
4º 30 minutos:
Regras
para atribuição de papel temático na voz ativa
1. O objeto direto se interpreta
sempre como paciente.
2. O adjunto adverbial, que começa com
“com” se interpreta como instrumento.
3. O sujeito se interpreta como
agente, instrumento ou paciente.
Regras
para atribuição de papel temático na voz passiva
1. O agente da passiva que inicia com
“por” e “pelo” se atribui o papel temático de agente.
2. Não é necessário encontrar um
agente na oração. Se não existir na sentença, assuma que há um agente
não-especificado.
3. O sujeito se interpreta como
paciente.
Ex. Um pastel foi comido pelo
Marcos.
Passo1 – Um pastel foi comido pelo Marcos?
Passo 2 – Sim, ele foi comido.
“Foi comido” são o verbo auxiliar +
verbo (voz passiva), “um pastel” é o sujeito da oração (função sintática) e
também o paciente (papel temático), pois ele sofre a ação, “pelo Marcos” é o
agente da passiva (função sintática) e também o agente da oração (papel
temático).
5° 30 minutos:
Existem também as orações subordinadas adverbiais, que denotam condição, causa, circunstância, entre outras possibilidades, e possuem como núcleo um advérbio. Seguem alguns exemplos de orações adverbiais, que desempenham funções de Adjuntos Adverbiais:
Divisão da Matéria: Período Composto (Subordinação) - Sautchuk (2010) e Silva e Koch (2011)
Diferença
entre frase e oração:
- Frase: Qualquer tipo de comunicado.
Ex.: (1) Tchau! (2) A Geovana derrubou o forno. (Pode ter verbo ou não)
- Oração: Funciona com o verbo. Ex.: A
Geovana derrubou o forno.
Período é a
frase organizada em oração ou orações, podem consistir em período simples
(contem apenas uma oração) ou composto (contem mais de uma oração).
Ex.:
Oração em período simples: A
Geovana derrubou o forno.
Oração em período composto: A
Dona Maria sabe que a Geovana derrubou o forno.
Na
frase: "A Dona Maria sabe que a Geovana
derrubou o forno", a oração destacada funciona como uma subordinada à oração principal, pois possui uma dependência sintática
da mesma. As orações subordinadas podem ser completivas, também conhecidas na Gramática Normativa como
substantivas, elas recebem essa nomenclatura, pois a oração secundária funciona
um complemento da principal e, no caso das substantivas, possuem como núcleo um
substantivo. As orações completiva/substantivas podem ser ainda:
1) Subjetivas: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Sujeito.
Ex.: Que
eu faça comida é importante.
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
substantiva subjetiva;
2) Objetiva Direta: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Objeto Direto.
Ex.: A Dona Maria sabe que a Geovana derrubou o forno
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
substantiva objetiva direta;
3) Objetiva Indireta: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Objeto Direto.
Ex.: Geovana precisa de que sua mãe a perdoe
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
substantiva objetiva indireta;
4) Predicativa do Sujeito: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Predicativo do Sujeito.
Ex.: Luciana é que era valente
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
substantiva predicativa do sujeito;
5) Completiva Nominal: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Complemento Nominal
(complemento obrigatório do sujeito, semanticamente falando)
Ex.: A possibilidade de que os EUA invadam o Iraque é uma realidade.
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
substantiva completiva nominal.
6) Apostiva: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Aposto.
Ex.: A minha vontade é esse: que tudo fique bem.
- Esta oração denomina-se Oração subordinada
substantiva apostiva.
1)
Tempo
e Espaço: na qual a oração subordinada desempenha a função de
Adjunto Adverbial de tempo e/ou espaço.
Ex.: Geovana limpou a janela quando estava no quarto;
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
adverbial temporal.
2) Causa:
na
qual a oração subordinada desempenha a função de Adjunto Adverbial de causa.
Ex.: Geovana esqueceu a bolsa, pois não se
organizou direito.
- Esta oração denomina-se: Oração subordinada
adverbial causal.
3) Consequência: na
qual a oração subordinada desempenha a função de Adjunto Adverbial de
conseqüência.
Ex.: Geovana correu tanto
que quase passou mal.
- Esta oração
denomina-se: Oração subordinada adverbial consecutiva;
Nenhum comentário:
Postar um comentário